A NOVA REGRA REFERENTE ÀS DEMISSÕES DE TÉCNICOS NO FUTEBOL BRASILEIRO.

 

Tiago Nunes (Ex-técnico do Grêmio).
Imagem: terra.com.br










Começa campeonato termina campeonato e continua a “dança das cadeiras” dos técnicos do futebol brasileiro. Chega a ser absurdo o pensamento dos dirigentes, pois não dão um tempo necessário e suficiente para o treinador demonstrar o seu trabalho. Depois de apenas nove rodadas da Série A do Brasileirão, já deixaram seus times os seguintes técnicos: Lisca (América/MG), Miguel Ángel Ramírez (Internacional), Alberto Valentim (Cuiabá) e Tiago Nunes (Grêmio).

Tomemos como exemplo o Grêmio. O técnico Renato Gaúcho estava no comando do time desde 2016 e conseguiu muitos títulos, dentre eles: a Copa do Brasil de 2016, a Libertadores de 2017 e a Recopa Sul-Americana de 2018. Deve ser salientado que ao vencer a Libertadores de 2017 se tornou o primeiro brasileiro a conseguir esse título tanto como jogador quanto como treinador. Mesmo assim foi demitido em 2021 e para o seu lugar contrataram Tiago Nunes.

Já o treinador Tiago Nunes foi anunciado em 23 de abril e demitido em 04 de julho. Luiz Felipe Scolari é o mais novo técnico do clube gaúcho, que atualmente ocupa a última colocação no campeonato, com dois pontos.

O fato que chama mais atenção é que Tiago Nunes estava muito bem na Copa Sul-Americana, pois o Grêmio terminou a fase de grupos invicto, com a maior pontuação (16 pontos) e com o melhor saldo de gols (15).

Buscando evitar essas demissões em massa, a CBF estabeleceu uma regra de no máximo duas demissões nos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B, sendo que após essa segunda demissão o clube precisará efetivar um membro da comissão técnica ou algum funcionário, devendo essa pessoa estar no clube há pelo menos seis meses.

Entretanto, como na maioria das leis e regras brasileiras, sempre encontram uma brecha. Caso haja um acordo, uma unidade de interesses entre treinador e clube, este último não terá utilizado “queimado”, uma de suas duas possíveis demissões.

Parece que não surtiu muito efeito essa nova regra, porque as demissões continuam acontecendo e certamente continuarão. Para que haja mudança de fato é preciso que as regras sejam mais claras e objetivas, mas tudo indica que esse não é o objetivo de quem as criou.   



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